Voltei para a Islândia depois de 6 anos

 Esta viagem aconteceu em fevereiro de 2024.

Se você me conhece pelo menos um pouco, sabe que eu tenho um grande amor na minha vida: a Islândia. Sou apaixonada por essa ilha desde criança (até o nome do blog é em islandês) e pude realizar o sonho de finalmente conhecer esse lugar mágico em 2014. E desde então, consegui voltar pra lá mais 2 vezes, sendo essa mais recente no ano passado.

A última vez que estive lá tinha sido na virada do ano de 2017 pra 2018. Lembro que eu estava muito doente, mas foi uma viagem muito especial mesmo assim. E para comemorar meu aniversário de 30 anos, eu tinha planejado outra ida pra lá, eu queria muito ir ao festival de música Iceland Airwaves, que é um outro grande sonho pra mim. Comprei os ingressos 1 ano antes e estava super feliz planejando mais uma viagem inesquecível. E o que aconteceu? Pandemia! Pois é, eu trintei no ano em que o mundo virou de ponta cabeças.

Fiquei devastada e desde então eu não consegui voltar, vendi meu ingresso do festival com a maior dor no coração. Demorou muito pra eu conseguir planejar novamente este retorno, mas eu consegui, voltei pra minha amada gelolândia!

Foi uma viagem curtinha, um final de semana prolongado, uma coisa meio slow travel e quase não fotografei. Obviamente queria ter ficado muito mais tempo, mas já deu pra matar um pouquinho da saudade. Peguei dias lindos de sol e muito frio. Consegui finalmente conhecer a península de Snæfellness. Costuma ventar muito nessa região e fiquei muito surpresa de pegar um dia super calminho. Uma paisagem deslumbrante de inverno, era tudo que eu estava precisando depois de tempos muitos difíceis.

Como só foi um bate volta, não fazia muito sentido correr pra ver todos os pontos de interesse na península. A ideia era ter um dia tranquilo, mas consegui ver alguns lugares muito lindos, como a Búðakirkja (famosa igreja preta) e a montanha Kirkjufell.

A verdade é que eu não precisava fazer muita coisa, só o fato de estar na Islândia novamente já era incrível pra mim. Não importa quantas vezes eu volte pra essa ilha, ela sempre vai me arrancar suspiros e vai sempre me deixar com aquela sensação de "ég er heima".... e sim, eu estou em casa <3









Dessa vez eu fiquei numa área residencial fora do miolinho turístico de Reykjavík (101), era mais lá pros lados de 103/108 (os bairros/áreas da capital são divididos por números). E isso me deu a oportunidade de me sentir realmente vivendo ali. Eu caminhava num parque/lago que ficava perto, as pessoas que passavam com seus cachorros sempre me cumprimentavam com um góðan daginn (bom dia) e eu respondia "daginn"de volta. Uma coisa tão simples, mas que pra mim deixou meu coração tão quentinho. Ah, se fosse simples pegar o Siggi e ir com uma passagem só de ida.


Skotta, a gatinha viking que eu afofei muito, rainha da Islândia <3



E não fiquei só nas caminhadinhas pelo bairro não! Eu fiz uma trilha até um dos picos da cadeia de montanhas Esjan. Uma pequena loucura, já que era inverno, fazia muito tempo que eu não subia montanha e também, estava aquele ventinho super calmo islandês de arrancar asfalto! 

Masss, como eu estava com um amigo super experiente que sobe aquela montanha todo final de semana, fiquei mais tranquila de tentar. Fora que ele trabalhou muitos anos no resgate/corpo de bombeiros islandês, isso me deu muita tranquilidade de subir montanha acima nessas condições, afinal, o socorro estava indo junto! 

Foi a trilha mais difícil que eu fiz na minha vida. Ela não era muito longa, mas o terreno com neve, a minha falta de preparo físico e o vento que dificultava muito ficar de pé ou abrir os olhos, tornaram  a subida muito desafiante. Eu pensei várias vezes em desistir, mas ao mesmo tempo falando pra mim mesma "você consegue". E não é que eu consegui? Tá lá meu nome no livro de registros pra quem chega no topo. Fiquei muito orgulhosa de mim.

Um rápido registro no topo, era quase impossível fotografar com a velocidade do vento e o frio.


Depois um belo banho de banheira quentinho pra relaxar os músculos e uma comida tradicional islandesa: pizza do dominos - hahaha não podia deixar de brincar com isso. O mais engraçado foi ir buscar a pizza lá e estar tocando a versão islandesa de Ilariê da Xuxa. Eu sei que isso foi especialmente pra mim, não tem outra explicação. A vida tem dessas, você numa pizzaria de rede na Islândia ouvindo uma música da sua infância no Brasil tocar. Se alguém tivesse contado pra minha versão criança, que sonhava todos os dias em ir embora pra Islândia que eu ia viver momentos como estes, eu nunquinha que iria acreditar!

A saudade é grande e não vejo a hora de voltar.

10 comments

  1. Oi, Taís. Obrigada por comentar, também.
    Eu não lembrava que você gostava muito da Islândia. Curiosamente, esses dias estava comentando com namorido sobre os países que ficam bem ao norte da Europa, como Noruega, Dinamarca, Suécia, Finlândia e Islândia, tanto que recentemente fui numa exposição da artista plástica e ilustradora sueca-finlandesa Tove Jansson (conhecida aqui no Japão por ter criado os personagens Moomin) e muito admiro a arte e decoração escandinávia. Daí comentei com ele sobre a Islândia, que quase nunca ouço falar, tampouco de brasileiros que chegaram a morar lá.
    Quem sabe você volta a morar na Islândia, né, eu gostei muito das fotos, é interessante viver num país que mesmo com frio intenso, possui paisagens bonitas. ;3

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  2. Eu estou rindo MUITO, de maneira positiva, de você ouvindo Ilariê na ISLÂNDIA! Parece coisa de filme, acho que a vida imita a arte, mesmo, não tem jeito...
    Estou apaixonada pelo rostinho sorridente da Skotta, pelo céu nas fotos e pela alegria transbordando nas suas palavras de ter vivido essa experiência linda novamente, em uma fase diferente e tão feliz quanto... Eu acho a Islândia meio mágica, assim, sei lá. Parece que não existe, sabe? Entendo sua paixão...

    ps: também trintei na pandemia... Todo um planejamento de dançar Thriller com os amigos cancelado e muito medo da doença. Que fase!

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  3. Olá, Taís!
    Poxa, que triste que você não conseguiu comemorar o aniversário de 30 anos da forma como sonhou. A pandemia frustrou muitos sonhos, mas que bom que você conseguiu voltar para matar pelo menos um pouquinho da saudade.
    Mas gente, o que foi essa sincronicidade da música?! Eu amo de paixão quando coisas mágicas assim acontecem! *-*

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  4. Sobre te acompanhar há tanto tempo que quando li o título do post eu fiquei felizinha pensando "hihih, ela foi no lugar que ela gosta"
    Suas fotos, como sempre, de tirar o fôlego! Sem condições a beleza dessa igrejinha preta no meio do branco.
    Ler você sempre me dá uma coceirinha de vontade de viajar, e tô tentando planejar minha primeira viagem internacional pro ano que vem, tomara que saia!
    Tô chorando de rir com a descoberta do Ilariê islandês, que coisa ALEATÓRIA hahahah
    Abraços!
    A Menina da Janela

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  5. my godi. que fotos de tirar suspiro, é muito doido quando a gente encontra uma cidade/país/lugar que a gente sente essa conexão de outro mundo, ainda sinto que estou procurando esse lugar, procurando a minha islândia. imagino então o quanto é bom estar de volta!

    (essa igreja icônica!!!!!!!!!!)

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  6. Oi.
    Fiquei feliz que tenha conseguido fazer essa viagem que te deixou tão feliz e realizada. Viajar é maravilhoso.
    Beijos.


    www.parafraseandocomvanessa.com.br

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  7. Sonho em conhecer a Islândia, acho muito lindo e sem dúvidas proporciona uma experiência única
    beijos ♥ blog | insta

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  8. As góticas piram com a igreja pretaaaaa! E a gatinha, coisa mais linda! Taís, certeza que "ilariê" foi um sinal do universo para a sua criança interior. Realizar sonhos da infância é bom demais! <3

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  9. As fotos estão incríveis! Tenho muita vontade de ir também.

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  10. perdi as contas de quantas vezes eu disse isso por aqui mas não me canso nunca HAHAHA islândia é realmente um lugar que atiça muito a minha curiosidade pra conhecer. ô lugar lindo, credo.

    fora que é muito massa imaginar tu vivendo essas experiência, vendo com os próprios olhos toda a maravilhosidade dessa lugar :)

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